Há um ritual que se repete silenciosamente em milhões de lares, escritórios, esquinas e corações: o café. Quente, forte, amargo ou adoçado, ele é mais do que uma bebida — é uma pausa, uma promessa, um suspiro do cotidiano. O café carrega em si uma espécie de magia. É o primeiro gesto do dia, o despertar das almas cansadas e das máquinas silenciosas. Antes mesmo do pão ser cortado, a água ferve na chaleira, e o aroma inconfundível se espalha pela casa. Ali, naquele instante, o café não é só um líquido escuro; é uma ponte entre o que fomos ontem e o que podemos ser hoje. Na padaria, o cafezinho é um pretexto para encontros fugazes e conversas demoradas. “Um pingado, por favor.” E pronto, o silêncio se dissolve, as línguas se soltam. Falamos do clima, das notícias, das pequenas tragédias da vida. Com o café na mão, as palavras fluem com mais calor, como se a bebida nos lembrasse da força que vem de dentro, de um grão triturado para virar energia. Mas o café não é apenas de festa. Ele é o ...
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