Amor Sublime

Há um amor que vive em silêncio,

como a luz que rompe o amanhecer,

deslizando pelos contornos da alma,

sem pressa, sem peso, sem deter.


É um amor que não conhece margens,

nem os limites do que é terreno,

mas vaga, livre e intangível,

em um tempo que é sempre eterno.


Não busca forma ou nome,

é essência, é pura respiração,

um ritmo que o universo guarda

no mais profundo da criação.


Esse amor não espera retorno,

nem clama por reciprocidade;

ele é plenitude que se basta,

poesia feita de eternidade.


É o toque do invisível na vida,

a presença sem rosto ou lugar,

um instante suspenso no tempo,

a chama que jamais irá apagar.


Não pede, não prende,

é voo e raiz.

No vazio do mundo,

é onde se é feliz.


E assim, nos habita inteiro,

como brisa que move o olhar,

um amor que é verbo e infinito,

e nunca deixa de brilhar.


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